Voltamos com mais Orgulho e Preconceito. Desta vez, a adaptação de 2005 fica na berlinda do No Set. Sem deixar quase nada a desejar das versões de filmes anteriores e captando bem a essência do livro, o filme, do diretor Joe Wright, foi um sucesso e, de fato, me peguei como uma das apreciadoras dessa versão.
Os motivos são os mais diversos. A começar pelos atores Matthew Macfadyen (Sr. Darcy) e Keira Knightley (Elizabeth Bennet) que trazem um ar forte e tempestuoso, em alguns momentos, mas romântico e indeciso em outro, o que parece ser um realce dado no livro. Muito bom!
Macfadyen tira o ar das românticas de plantão com aquele olhar “darciano”, soberbo e misterioso; invasivo, mas amedrontado e, em certas cenas, até retraído.
Já Knightley não deixar por menos, conseguiu passar bem a Lizzy educada, mas incisiva e até despojada de determinados padrões. Embora ela, como as irmãs, está também preocupada em encontrar um bom casamento (divergindo, claro, o sentido de “bom” entre elas e não para todas). Mas, a noção crítica da sociedade da época, presente na personagem de Austen poderia ter sido mais realçada.
De qualquer forma, Keira traz o mesmo jeito mais moleca de Lizzy também explicito na interpretação da atriz Jeniffer Ehle, na série de 1995, da BBC.
Bem, existem muitas coisas interessantes para falar sobre o filme, uma delas é a interpretação de Judi Dench (Lady Catherine de Bourg), que convence bem mais no papel da megera do que a atriz que interpretou a personagem em 1995 (Barbara Leigh-Hunt). A presença da Sra de Bourg, de Dench, nas cenas traz um peso emotivo incrível, parece que a gente vai sofrendo junto com Elizabeth. São diálogos ótimos!
Apesar de Sr Bingley parecer um tanto quanto retardado e Jane não ser nem mesmo uma vez mais bonita que Elizabeth, o filme segue bem de perto o livro. A fotografia e figurino são impecáveis!
Cenas muito marcantes como a dança de Darcy e Lizzy em que os dois, mergulhados um no olhar do outro, ficam sós no salão ao som da bela musica de Dario Marianelli, foi uma sacada muito boa! Creio que tenha sido esse sentido que Jane Austen pensou.
Nesse ponto sobre cenas, preciso dizer o comentário de minha amiga Larissa Costa da cena final no jardim, onde o casal protagonista se encontra e tenho que concordar. Aquele encontro só de pijaminha é demais para a época, minha gente!
Depois vejo mais alguma coisa para falar com vocês. Por enquanto, acho que vale, para quem não viu o filme, ver o trailer abaixo e ficar morrendo de vontade de assistir. Eu recomendo! Quem já viu, vê de novo, ora!
Trailer Orgulho e Preconceito 2005


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