Jane Austen e suas releituras

Veja a entrevista com a presidente da Jane Austen Sociedade do Brasil, Adriana Zardini.

Anjos e Demônios

Será que essa adaptação foi aprovada pela Equipe No Set?

Coluna do leitor traz Eu, Robô

Petras Furtado fala sobre a adaptação do livro de 1950.

Across the Universe

Para comemorar a semana do Rock nada melhor que uma boa adaptação sobre o tema.

The Vampire Diaries

A adaptação pode ser melhor que o original? Isso você vê aqui!

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Marley e Eu: um cão de liquidação


A indicação para o filme de hoje é “Marley e Eu”. Adaptação do best seller “Marley and Me” do jornalista John Grogan. O filme é apaixonante, mesmo para os que não gostam de cachorro. O labrador caramelo com nome inspirado no rei Bob Marley, é mais travesso e inteligente do que se pode imaginar.


Do mesmo diretor do filme “O diabo veste Prada”, David Frankel, a adaptação conta a história de um casal de jornalistas (vividos pelos atores Owen Wilson e Jennifer Aniston) que tiveram suas vidas transformadas depois da chegada do cão de liquidação, pois de quietinho a bolinha de pelo só tem a cara.


Marley vai mostrar nesse filme como um cão pode ser um ótimo amigo e companheiro, capaz de cativar e ocupar um lugar no coração dos seus donos para o resto da vida. Confira.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Caçador de Pipas: até onde o ser humano chega com a covardia

Na crítica de hoje vamos falar sobre a adaptação para o cinema do romance escrito por Khaled Hosseini chamado “O caçador de pipas”, um sucesso de vendas no mundo. O caçador de pipas é uma narrativa que expõe a crueldade e a covardia do ser humano de modo nu e que revela a traição de uma amizade pura e desinteressada. Mostra também o preconceito e a discriminação de uma sociedade desigual, mesquinha, intolerante e desumana, deturpadora da religião e podre politicamente.



A história se passa em Cabul/Afeganistão, nos anos 70. Amir, de etnia pashtuns (muçulmano sunni), e rico; e Hassan, de etnia hazara (muçulmano shi’a), pobre e empregado da casa, cresceram juntos compartilhando brincadeiras e gostos. Não havia nada que Ami pedisse que Hassan não fizesse. O filho do empregado era fiel e dedicado à família à qual servia. Era corajoso e de uma dignidade incomparável.


De Ami não podemos falar a mesma coisa. Covarde é o sobrenome. De nobreza somente o dinheiro e embora soubesse ler e escrever, muitas vezes o sábio era Hassan, o menino de lábio leporino. Os dois garotos são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americano e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 75, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção.



Após desperdiçar a última chance (o filho do patrão, após ver Hassan ser estuprado covardemente por outros garotos ricos medíocres, machistas – mas homossexuais – simula o furto de um relógio, colocando o objeto nas coisas do filho do empregado), Amir vai para os USA, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão. Mas o destino o faz voltar vinte anos depois do acontecimento com Hassan e a pipa azul à sua terra natal para acertar as contas com o passado.


A narrativa do livro é intensa, detalhista e verdadeira. É envolvente a ponto de despertar sentimentos (bons e ruins) ao longo do desenrolar dos fatos, com revelações chocantes e que explicam atitudes mal compreendidas por Amir em relação ao carinho de seu pai pelo menino leporino.


O livro foi lançado em 2006 e adaptado para o cinema em 2007. Teve direção de Marc Forster e roteiro de David Benioff. As diversas opiniões dos leitores apontam para satisfação com o filme. De fato, o roteiro conseguiu expressar o drama dos amigos/irmãos, além do drama social no qual o país se encontrava naquele ano.


As duas principais cenas do filme (que é o momento em que Hassan ainda menino é violentado e a cena onde Amir finalmente encontra-se com seu sobrinho e resgata-o) conseguiram ser impactantes e discretas ao mesmo tempo. A primeira foi trabalhada de modo que desse a entender o sofrimento e a humilhação do estupro sem que houvesse necessidade de explicitá-la como o livro fez. E a segunda foi a redenção dos pecados do passado, mostrou a coragem adormecida dentro do homem que nunca esqueceu a caça aquela pipa azul. Recomendo primeiro a leitura do livro e depois o filme.




quinta-feira, 30 de junho de 2011

Jane Austen e inúmeras adaptações

Na época em que viveu, a escritora inglesa Jane Austen (1775-1817) nem poderia imaginar que suas obras ganhariam tantas releituras mundo afora. São desde séries televisivas a livros com zumbis.



E em homenagem à inglesa (mais conhecida por Orgulho e Preconceito), foi criada em 2009 a Jane Austen Sociedade do Brasil (Jasbra). Um espaço para os admirados e fãs de Austen trocarem informações, discutirem suas obras e as várias adaptações de seus livros.

Hoje, a atual presidente da Jasbra é Adriana Zardini, formada em Letras pela UFMG e tradutora de dois livros de Austen: Mansfield Park e Razão e Sensibilidade. E foi com ela que o No Set conversou sobre as adaptações baseadas na obra de Jane Austen.


No Set: As diversas adaptações dos livros de Austen foram essenciais para grande parte do sucesso que ela faz hoje em dia?

Adriana Zardini: Os livros contribuem bastante para o sucesso de Austen. Creio que pelo mundo afora, é mais comum as pessoas se interessarem por Austen porque leram os livros. Aqui no Brasil, porém, principalmente entre os mais jovens, Austen se tornou conhecida por causa dos filmes.


No Set: Aqui no Brasil é o inverso, você credita isso a algo?

AZ: Bem, essa é uma opinião bem pessoal. Aqui no Brasil, as pessoas que não têm acesso aos clássicos. Acabam lendo o que está em destaque nas prateleiras das livrarias ou que está na moda. Como Austen é sucesso absoluto em países de língua inglesa, eles nem precisam fazer propaganda. Aqui no Brasil, as coisas estão mudando muito. Várias editoras já estão produzindo os livros de Austen em português.


No Set: As pessoas procuram ler os livros após ter contato com as releituras?

AZ: A grande maioria fica apenas em um ou dois livros. Mesmo porque até o ano passado, não era possível encontrar todos em português. As edições antigas, ainda esgotadas, só eram encontradas em sebos.


No Set: As releituras conseguem passar todo estilo da escritora ou não? É válido conhecer uma adaptação?

AZ: Creio que as adaptações são visões diversificadas dos livros. É muito complicado uma adaptação ser realmente fiel ao original, mesmo porque a escritora não está viva para poder dar palpites. E, além disso, não poderíamos prever como seria a intervenção de Austen. Por outro lado, as visões das pessoas que adaptam os livros são bastante complexas. Algumas são verdadeiras obras primas, com a adaptação de Razão e Sensibilidade de Emma Thompson. Outras estão mais voltadas para fenômeno de vendas.


No Set: Falando nisso, hoje é possível encontrar adaptações como Orgulho e Preconceitos e os Zumbis e Razão e Sensibilidade e os Monstros do Mar. O que você acha dessa tendência?

AZ: Ela segue o mercado. Fora do Brasil, são criadas várias séries para a tv e filmes relacionados ao mundo do oculto e de seres fantásticos, acho que a 'moda' acabou pegando também em cima dos clássicos. Alguns dessas misturas são ruins, mas outras são engraçadas. Depende do gosto do leitor.


No Set: Você leu alguma? O que achou?

AZ: Eu tenho esses que você mencionou, mas ainda não me sobrou tempo para lê-los. Um que eu li e dei muitas gargalhadas foi o 'Jane Austen a Vampira'. Mas o leitor tem que ter um conhecimento mínimo sobre literatura universal para poder entender as piadas! Passei três tardes ótimas!


No Set: Quando as pessoas que conheceram a adaptação antes, lêem o livro, a percepção muda?

AZ: Bem, isso é bem pessoal. Eu acredito que sempre as pessoas são mais sensibilizadas pelo livro do que em relação ao filme.


No Set: E o contrário? A adaptação é bem aceita para quem conhece o original?

AZ: Creio que sim! Eu acho maravilhoso ver meus personagens favoritos serem interpretados por bons atores. Por exemplo, em Razão e Sensibilidade de 1995, é muito legal reconhecer todo o cavalheirismo do Coronel Brandon na pele do ator Alan Rickman.


No Set: Você já teve alguma decepção com alguma adaptação?

AZ: As releituras que menos me cativam são as dos anos 70 e 80. São muito parecidas com novelas ou atuações de teatro.


No Set: Alguma que te surpreendeu positivamente?

AZ: Orgulho e Preconceito de 1995, em minha opinião, conseguiu ser melhor que o filme de 2005. Eu gosto muito do filme, principalmente porque é um DVD que você consegue assistir em uma noite tranquila. Já a série, que é longa, requer mais tempo.


No Set: Para encerrar, o que não pode faltar numa adaptação da obra da Austen?

AZ: Não pode faltar a essência do livro, o cuidado com a escolha dos atores, guarda roupa de época e cenários. Acho muito importante também a fotografia e a trilha sonora.



Para conhecer mais sobre a Jane Austen Sociedade do Brasil e trabalho de Adriana Zardini, acesse os links:

Site da Jasbra: www.jasbra.com.br
Blog Jane Auste Brasil: www.janeaustenbrasil.com.br

domingo, 5 de junho de 2011

Romance que virou terror

É possível transformar um romance clássico em um livro ou filme de terror? Se esse for o caso de Orgulho e Preconceito e os Zumbis, isso é provável. O que seria apenas uma versão trash, com assustadores zumbis e com a heroína Elizabeth lutando contra os mortos vivos, fez tanto que sucesso, que já está previsto a versão cinematográfica. E rumores afirmam que nada mais, nada menos, que Natalie Portman será a produtora e fará o papel de Elizabeth Bennet.


Escolhida como uma das capas mais bonitas pelos leitores da livraria virtual Amazon.



Jane Austen talvez esteja se revirando no túmulo e, com certeza, a maioria dos fãs da obra abomina essas versões bizarras. Não apenas de zumbis, mas também do Predador. Isso mesmo, Orgulho e Predador já está sendo produzido pelo estúdio do cantor Elton John e terá suas músicas na trilha sonora.


Mix do filme de 2005 e o Predador. Coitada da Keira.


Quem é fã purista do livro e adora as adaptações detalhistas da BBC de Londres não irá apreciar essas releituras sangrentas. Mas, quem é curioso e gosta de dar boas risadas com a criatividade humana (até mesmo, as idéias mais toscas) é bom dar uma conferida.


Lizzie mostrando suas habilidades marciais contra os zumbis.


O livro Orgulho e Preconceito e os Zumbis tem previsão de ser lançado no Brasil ainda este ano, que é composto por 85% da estória original e tem como “co-autor” o americano Seth Grahame-Smith. Nos Estados Unidos, o livro chegou à terceira posição dos mais lidos na lista do jornal The New York Times no primeiro semestre do ano passado.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pride & Prejudice - Confira os principais atores das versões de 2005 e 1995

Confira no nosso infográfico os atores que interpretaram os principais personagens de Orgulho e Preconceito, nas versões de 2005 e 1995. Comente sobre seu favorito!



segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um pouco de "Orgulho e Preconceito"



Jane Austen escreveu First Impressions (Sim, esse foi o primeiro nome dado ao romance) entre 1796-1797, antes dos seus 21 anos. Foi publicado em 28 de janeiro de 1813, com o título de Orgulho e Preconceito, tornando-se o livro mais famoso da inglesa.
A autora nos presenteou com esse romance cheio de ironia, elegante e espirituoso, satirizando costumes e os caracteres inconstantes das pessoas daquela sociedade. A cada página sua leitura se torna ainda mais cativante e divertida.

Orgulho e Preconceito nos tranporta para uma Inglaterra rural do século XIX

O livro apresenta a história da família Bennet que tem cinco filhas moças, cujo maior sonho da mãe é casá-las com bons partidos, já que após a morte do seu marido nenhuma terá direito aos bens deixados pelo pai. A chegada de um jovem rico e simpático, Mr Bingley, causa alvoroço na pequena vila, pois ele é visto como um ótimo pretendente.
Charles Bingley vem acompanhado do seu amigo, Mr Darcy, que é um homem muito rico e cheio de preconceitos, e logo se torna arrogante e orgulhoso aos olhos dos moradores da vila. Elizabeth Bennet, segunda filha mais velha, cria uma inimizade à primeira vista com Mr Darcy.
Mas, a inteligência, "o par de belos olhos" e língua afiada da moça fazem com que Mr Darcy mude seus sentimentos por ela. Desse ponto, o livro vai se desdobrando em amores não correspondidos, frustrações, empecilhos sociais, desencontros e o que não poderia faltar; muito orgulho e preconceito, que é a definição exata das primeiras impressões entre os protagonistas.
O No Set está preparando postagens com algumas adaptações dessa bela e sensível obra de Jane Austen. Lá vai uma pequena mostra do que veremos No Set:

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós" Jane Austen.

Mais No Set

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