terça-feira, 12 de julho de 2011

Anjos e Demônios: no livro e no cinema

Sempre que lemos um livro e sabemos que ele irá se transformar em filme queremos que a adaptação seja tão boa quanto, mas na prática nem sempre é assim. Achamos que poderia ser melhor. O que esquecemos é que compactar em um longa-metragem toda a riqueza de detalhes das páginas de um livro é arriscado, pois pode ser que a imagem não valha mais que mil palavras.


A crítica que vou fazer hoje é sobre Anjos e Demônio, a adaptação do livro de Dan Brown que ganhou vida nas telas de cinema após o Código Da Vinci e que, para quem não sabe, antecede as aventuras deste último.

O livro Anjos e Demônios é a primeira aventura vivida por Robert Langdon, mas nas telas de cinema o segundo livro que narra as aventuras vividas pelo professor virou filme primeiro. Sendo assim, a seqüência foi adaptada para que o espectador ache que Código da Vinci antecipa a primeira estória. Dirigido pelo diretor Ron Howard e estrelado por Tom Hanks no papel do professor de Simbologia de Harvard, o filme compacta o enredo que se desenrola em 461 páginas.

O livro conta que nas vésperas do conclave (cerimônia na qual se reúnem todos os cardeais do mundo na Cidade do vaticano para eleger o novo pontífice), Langdon é chamado às pressas à Roma para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um conceituado físico do CERNE, Suíça.

O símbolo em questão faz parte de uma milenar fraternidade intitulada ILUMINATI. Nesse meio tempo entre a morte do Papa, a morte do cientista e a realização do conclave, o professor de simbologia descobre que um artefato altamente combustível, do centro de pesquisa científico, fora roubado e escondido em algum lugar de Roma. A saga é encontrar a anti-matéria, solucionar o desaparecimento de quatro cardeais e descobrir quem está por trás disso tudo.

A sinopse do filme é a mesma. O roteiro no geral ficou bom, mas algumas cenas fundamentais e impactantes no livro poderiam ter sido mais bem dirigidas. As primeiras cenas do longa poderiam ter resumido a explicação sobre o que é a anti-matéria e como funciona o CERNE, para que o filme engrenasse rapidamente na emoção que o texto proporciona.

O aparecimento dos cadáveres dos cardeais deveria expressar melhor o horror e a crueldade presente no livro, assim como o cinismo no diálogo entre o carmelengo e o físico - amigo do outro que teve o peito queimado a ferro - deveria ter sido mais explorado.

O grande “barato” do livro é justamente o drama, o horror, o medo provocado pelos assassinatos inexplicáveis. Se o diretor Ron Howard tivesse conseguido captar melhor a essência de Dan Brown o filme teria sido mais bem recebido pelo público, que julgou o filme como uma versão mais pobre do Código Da Vinci.


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