Jane Austen e suas releituras

Veja a entrevista com a presidente da Jane Austen Sociedade do Brasil, Adriana Zardini.

Anjos e Demônios

Será que essa adaptação foi aprovada pela Equipe No Set?

Coluna do leitor traz Eu, Robô

Petras Furtado fala sobre a adaptação do livro de 1950.

Across the Universe

Para comemorar a semana do Rock nada melhor que uma boa adaptação sobre o tema.

The Vampire Diaries

A adaptação pode ser melhor que o original? Isso você vê aqui!

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Novo pôster de Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Foi divulgado o novo pôster do Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, que encerra a trilogia assinada por Christopher Nolan. O novo desafio do Homem-Morcego é contra Bane, um vilão que vai aterrorizar Gotham City. Mas uma complicação vai impedir que o herói cumpra seu papel: Agora, Batman é foragido da lei por causa do assassinato de Harvey Dent (o promotor de O Cavaleiro das Trevas), sendo perseguido pelo seu próprio amigo, o Comissário Jim Gordon.

Vamos conferir o pôster dessa nova adaptação?



No Brasil, o filme tem estréia prevista para 27 de julho de 2012, com um elenco de fazer inveja a muitos diretores por aí. Nomes como Christian Bale, Michael Caine, Gary Oldman, Morgan Freeman, Tom Hardy, Anne Hathaway, Joseph Gordon-Levitt, Marion Cotillard, Juno Temple, Josh Pence, Daniel Sunjata e Nestor Carbonell chegam às telonas nessa última aventura do Batman, dirigida por Nolan.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Morro dos Ventos Uivantes ganha nova adaptação

O amor doentio entre Heathcliff e Catherine já foi adaptado para o cinema diversas vezes. Mas o romance incansável da inglesa Emily Brontë (1847) ganhou uma nova versão para as telonas. A releitura de O Morro dos Ventos Uivantes conta com a direção de Andrea Arnold (Marcas da Vida e Fish Tank) e tem estréia prevista para 2012.







Enquanto a adaptação não aparece por aqui, vamos ficar com o trailer que foi divulgado hoje.




Você pegaria emprestado o noivo da sua melhor amiga?

Que tal uma comédia romântica para alegrar essa semana? Na indicação de hoje, a Equipe No Set traz a adaptação do livro homônimo O Noivo da Minha Melhor Amiga (original: Something Borrowed). Apesar do título em português soar bem similar a tantos outros filmes do gênero, o longa nos apresenta um enredo bem diferente e que envolve o espectador até o último minuto.


Tudo começa no aniversário de 30 anos de Rachel White (Ginnifer Goodwin), uma advogada solteira e bem sucedida. Ela bebe demais e acaba levando um presente para sua cama, o noivo da sua melhor amiga. Na verdade, o interesse entre Rachel e Dex (Colin Egglesfield) existe desde a faculdade, mas eles nunca tiveram coragem de revelar a afeição. Porém, após essa primeira noite juntos, os dois não resistem ao sentimento que os atraem. Ao mesmo tempo, Rachel tem que lidar com os preparativos do casamento da sua amiga desde a infância, Darcy (Kate Hudson), e do homem que não consegue tirar da cabeça.


O Noivo Da Minha Melhor Amiga pode ser a história de muitos, que encontram a pessoa certa na hora errada. Mas um agravante torna o fato moralmente discutível: ele está noivo da sua melhor amiga. Será que vale a pena abrir mão de uma amizade por um amor? Bem, isso você confere assistindo o filme e tirando suas próprias conclusões.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Marley e Eu: um cão de liquidação


A indicação para o filme de hoje é “Marley e Eu”. Adaptação do best seller “Marley and Me” do jornalista John Grogan. O filme é apaixonante, mesmo para os que não gostam de cachorro. O labrador caramelo com nome inspirado no rei Bob Marley, é mais travesso e inteligente do que se pode imaginar.


Do mesmo diretor do filme “O diabo veste Prada”, David Frankel, a adaptação conta a história de um casal de jornalistas (vividos pelos atores Owen Wilson e Jennifer Aniston) que tiveram suas vidas transformadas depois da chegada do cão de liquidação, pois de quietinho a bolinha de pelo só tem a cara.


Marley vai mostrar nesse filme como um cão pode ser um ótimo amigo e companheiro, capaz de cativar e ocupar um lugar no coração dos seus donos para o resto da vida. Confira.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Espião que Sabia Demais ganha trailer oficial

Foi divulgado o trailer oficial da adaptação do best-seller “O Espião que Sabia Demais” (Tinker, Tailor, Soldier, Spy), do escritor John Le Carré (pseudônimo do britânico David John Moore Cornwell). A história se passa no final da Guerra Fria, onde um espião da divisão de elite do Serviço Secreto Britânico (George Smiley) tem a missão de descobrir quem é o agente infiltrado que trabalha para os soviéticos.



A direção do longa-metragem é assinada por Tomas Alfredson (o mesmo do filme sueco Deixa Ela Entrar). Além de uma ótima estória, o diretor conta com um elenco de peso: Gary Oldman, Tom Hardy, John Hurt, Colin Firth, Mark Strong e Stephen Graham. 

Apresentações feitas, agora vamos ao que interessa: o trailer!


A previsão de estréia é 18 de novembro ainda deste ano. Já aqui no Brasil, o longa vai demorar um pouco mais, só aparecendo nas telonas no dia 12 de janeiro de 2012.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A cor da infância é azul

Sentir o gosto da infância quando se é adulto é um dos mais doces prazeres de vida. Ter aquela liberdade e alegria de volta com apenas uma lembrança nos faz querer voltar no tempo e resgatar a satisfação que só quem deixou de ser criança conhece. E para agradar os espectadores com esse desejo e ganhar novos fãs, a indústria do cinema anda investindo na volta de ícones da infância dos anos 1980 e 1990. Prova disso é a adaptação que estreou sexta-feira aqui no Brasil: Os Smurfs. Quem não passou bons momentos com aquelas criaturinhas azuis que viviam em cogumelos e eram perseguidos pelo vilão Gargamel?



A história em quadrinhos do belga Peyo – criada em 1958 - ganhou sua adaptação para as telonas resgatando estórias infantis que tinham como foco a amizade, família e cooperação, diferenciando muito dos desenhos animados violentos e sem muita consistência de hoje em dia. O fato é que essa versão computadorizada dos Smurfs traz situações hilárias, sem deixar um minuto de ser tão encantadora quanto a outra adaptação mais conhecida da obra, o desenho animado de 1981.

Nessa nova aventura, alguns dos Smurfs, após uma perseguição de Gargamel (Hank Azaria)  e seu gato Cruel (um dos personagens mais engraçados do filme), passam por um portal e chegam à Nova Iorque, encontrando o casal Patrick (Neil Patrick Harris) e Grace (Jayma Mays), que estão esperando o primeiro filho. Os Smurfs têm que conviver com a grande cidade e seus costumes, bem distintos dos da floresta, enquanto tentam encontrar o caminho de volta para casa. Na trama são geradas situações bem divertidas com o contraste das duas realidades, o que é um prato cheio para boas piadas durante o filme.


Tive o prazer de assistir ao longa-metragem com a presença de duas gerações: os pequenos que lotavam a sala de cinema e os seus pais, que não estavam lá apenas de acompanhantes, mas como espectadores nostálgicos. A adaptação terminou com os aplausos dos dois públicos e deixou aquele gostinho de quero mais. Então, não perca a oportunidade e confira essa divertida versão dos personagens azuis mais fofos que figuram nas boas lembranças de muitos adultos por aí.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Recomeço é o que define Rabbit Hole

Oito meses após perder o filho, de apenas quatro anos de idade, num acidente de carro, o casal Becca (Nicole Kidman) e Howie (Aaron Eckhart) tenta suportar a dor da perda, cada um da sua maneira. Com um tema tão delicado (também muito explorado no cinema), Rabbit Hole se diferencia ao tratar do recomeço, nos envolvendo com o sofrimento e as várias tentativas de superação dos personagens. Texturas, cores e sentidos são aguçados a cada cena pela fotografia primorosa de Frank DeMarco.



Nunca fui muito fã do trabalho de Nicole Kidman. Sua atuação não chegou a me envolver nos seus filmes que consegui acompanhar até hoje. Para mim, o ator tem que cativar o público, fazê-lo entrar na história, mesmo ela sendo diferente da sua realidade. Com Nicole nunca tive essa satisfação até me deparar com a adaptação da peça teatral Rabbit Hole de David Lindsay-Abaire (no Brasil, Reencontrando a Felicidade) para o cinema.


Rabbit Hole me surpreendeu por conseguir passar toda a tristeza e melancolia sem ser – em nenhum momento – clichê. Seu encanto está nos detalhes das cenas e perspectiva de cada um dos personagens principais (os pais da criança e o rapaz que o atropelou). Poucos filmes sobre perdas são tão sutis e impactantes como esse. Vale conferir!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A volta dos Muppets

Caco, Miss Piggy, Fozzie, Animal e Gonzo. Você sabe de quem estou falando? Se você foi criança nos anos 80 e 90 deve ter ligado os nomes ao programa Muppets Babies! O sucesso infantil nessas duas décadas ganhou sua versão  para o cinema – com estréia marcada para dezembro - com os personagens que cativaram milhões de crianças no mundo inteiro e o trailer oficial foi divulgado hoje.



Na adaptação produzida pela Disney, o maior fã dos Muppets de todo mundo, Walter, está de férias em Los Angeles com seus amigos Gary e Mary. Eles acabam descobrindo o plano do vilão e magnata do petróleo Tex Richman para destruir o Teatro Muppets e perfurar um poço de extração de petróleo no local. Para salvar o teatro, eles precisam arrecadar 10 milhões de dólares. Então, Walter, Mary e Gary tentam reunir os Muppets para montar o The Greatest Muppet Telethon Ever, pois cada um abandonou o show para investir em outra profissão.

Os Muppets conta com nomes como Jason Segel, Amy Adams e Chris Cooper no elenco. Por enquanto que essa adaptação não chega por aqui, vamos conferir o trailer do filme dos fantoches mais queridos do mundo?

O Caçador de Pipas: até onde o ser humano chega com a covardia

Na crítica de hoje vamos falar sobre a adaptação para o cinema do romance escrito por Khaled Hosseini chamado “O caçador de pipas”, um sucesso de vendas no mundo. O caçador de pipas é uma narrativa que expõe a crueldade e a covardia do ser humano de modo nu e que revela a traição de uma amizade pura e desinteressada. Mostra também o preconceito e a discriminação de uma sociedade desigual, mesquinha, intolerante e desumana, deturpadora da religião e podre politicamente.



A história se passa em Cabul/Afeganistão, nos anos 70. Amir, de etnia pashtuns (muçulmano sunni), e rico; e Hassan, de etnia hazara (muçulmano shi’a), pobre e empregado da casa, cresceram juntos compartilhando brincadeiras e gostos. Não havia nada que Ami pedisse que Hassan não fizesse. O filho do empregado era fiel e dedicado à família à qual servia. Era corajoso e de uma dignidade incomparável.


De Ami não podemos falar a mesma coisa. Covarde é o sobrenome. De nobreza somente o dinheiro e embora soubesse ler e escrever, muitas vezes o sábio era Hassan, o menino de lábio leporino. Os dois garotos são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americano e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 75, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção.



Após desperdiçar a última chance (o filho do patrão, após ver Hassan ser estuprado covardemente por outros garotos ricos medíocres, machistas – mas homossexuais – simula o furto de um relógio, colocando o objeto nas coisas do filho do empregado), Amir vai para os USA, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão. Mas o destino o faz voltar vinte anos depois do acontecimento com Hassan e a pipa azul à sua terra natal para acertar as contas com o passado.


A narrativa do livro é intensa, detalhista e verdadeira. É envolvente a ponto de despertar sentimentos (bons e ruins) ao longo do desenrolar dos fatos, com revelações chocantes e que explicam atitudes mal compreendidas por Amir em relação ao carinho de seu pai pelo menino leporino.


O livro foi lançado em 2006 e adaptado para o cinema em 2007. Teve direção de Marc Forster e roteiro de David Benioff. As diversas opiniões dos leitores apontam para satisfação com o filme. De fato, o roteiro conseguiu expressar o drama dos amigos/irmãos, além do drama social no qual o país se encontrava naquele ano.


As duas principais cenas do filme (que é o momento em que Hassan ainda menino é violentado e a cena onde Amir finalmente encontra-se com seu sobrinho e resgata-o) conseguiram ser impactantes e discretas ao mesmo tempo. A primeira foi trabalhada de modo que desse a entender o sofrimento e a humilhação do estupro sem que houvesse necessidade de explicitá-la como o livro fez. E a segunda foi a redenção dos pecados do passado, mostrou a coragem adormecida dentro do homem que nunca esqueceu a caça aquela pipa azul. Recomendo primeiro a leitura do livro e depois o filme.




sexta-feira, 15 de julho de 2011

Do mangá direto para a telona

A Warner Bros. está preparando mais uma adaptação de histórias em quadrinhos! Dessa vez quem ganha uma versão para as telonas é o mangá japonês Akira. Em 2008, o estúdio desembolsou alguns milhões pelos direitos sobre a obra de Katsuhiro Otomo – que também virou um longa de animação em 1988 – e pretender entregar o projeto nas mãos do diretor espanhol Jaume Collet-Serra (A casa de cera (2005), A órfã (2009) e Desconhecido (2011)).



O estúdio já tem orçado 90 milhões para a produção do longa e já há nomes contados para estrelarem o filme. Robert Pattinson, Andrew Garfiel e James McAvoy estão disputando o papel do personagem Tetsuo (melhor amigo do principal). Já Justin Timberlake, Garret Hedlund, Chris Pine e Joaquin Phoenix estariam concorrendo para ser o protagonista, Kaneda.

Para quem não conhece, o enredo se passa na cidade Tóquio após a Terceira Guerra Mundial, onde o líder de uma gangue de motoqueiros (Kaneda) atropela uma criança misteriosa (Akira), então fugitiva de um programa de investigação do governo. O motoqueiro é confundido com o paciente e é levado a um hospital, onde é submetido a experimentos secretos que lhe dão poderes.

Enquanto o filme não chega às telonas vamos relembrar um pouco do longa de animação?

Nosso leitor opina sobre Eu, Robô

Hoje aqui no blog, nós teremos uma participação bem especial de um fã da sétima arte e grande conhecedor da obra Isaac Asimov que deu origem à adaptação Eu, Robô. Petras Furtado é repórter cinematográfico e tem um blog bem interessante sobre cinema. Após a apresentação, vamos logo ao que interessa: a opinião desse leitor sobre a adaptação protagonizada pelo americano Will Smith. 

“O primeiro livro — que não fosse infantil ou escolar — que li chamava-se Eu, Robô, uma pequena compilação de contos de um escritor chamado Isaac Asimov. Na época, chamaram-me a atenção o pequeno volume de páginas (fácil de ler!) e a capa com um robô, o que para minha imaginação de menino, era algo irresistível. Embora tivesse sido lançado originalmente em 1950, a coletânea só chegou no Brasil (e especificamente, às minhas mãos) em meados dos anos 70. Mas eram estórias maduras e que apresentavam várias camadas de compreensão e detalhes, já que a continuei lendo nos próximos dez anos. Foi minha primeira imersão no universo de ficção científica.



O livrinho continha nove contos que mostravam o panorama de um futuro aparentemente próximo, onde destacavam-se os elementos que depois seriam um padrão nas narrativas de robôs de Isaac Asimov: A fria e mal-amada robopsicóloga Susan Calvin (a serviço da fábrica de renome mundial Robôs e Homens Mecânicos U.S.), as Três Leis da Robótica (que restringiam o comportamento de um robô, impedindo que ele pudesse ferir um ser humano) e a repercussões morais que resultavam da interação entre os robôs e a sociedade humana. 


Os primeiros contos mostravam robôs como um elemento experimental da indústria, equipados com corpos nitidamente artificiais e os famosos cérebros positrônicos, computadores capazes do mesmo esforço racional de um ser humano — apesar da falta de emoções. As três leis da robótica tornaram-se tão populares, que muitos escritores de ficção científica passaram a copiá-las ou usá-las como referência:

1. Um robô não pode ferir um ser humano, ou, por inação, permitir que um ser humano se fira;

2. Um robô deve obedecer a todas as ordens de um ser humano, exceto quando esta entrar em conflito com a primeira lei;

3. Um robô deve proteger sua existência, desde que isso não entre em conflito com a primeira e segunda leis.



Já o filme de 2004, dirigido por Alex Proyas e estrelado por Will Smith, que se passa no ano de 2035, mostra um futuro quase utópico, onde os robôs são uma visão comum nas ruas de uma Chicago, em uma grande variedade de serviços públicos.


O núcleo do filme gira ao redor da investigação do assassinato do cientista em robótica Alfred Lanning, pelo detetive Del Spooner. Ambos eram amigos, já que Lanning era responsável pela cirurgia que salvou a vida de Spooner, em um acidente ocorrido vários anos antes, do qual também se origina o desgosto de Spooner pelos robôs.



A partir daí temos segredos corporativos, intrigas e um interesse romântico (entre Del e Susan Calvin, assistente de Lanning e literalmente apaixonada por robôs) que parece nunca se concretizar. Acrescente a isso um supercomputador corporativo excessivamente zeloso e um robô suspeito do assassinato de Lanning, que sonha com um futuro onde ele lidera outros robôs como uma espécie de revolução ou insurgência  — uma referência direta a um conto de Asimov chamado Visões de Robô, que aparece na coletânea de mesmo nome. Outra referência é ao conto Conflito Evitável, onde supercomputadores funcionam como administradores globais, por acreditarem que são capazes de dirigirem a humanidade melhor que nós mesmos.


Os contos e romances robóticos de Asimov são geralmente de natureza reflexiva, onde seus heróis vencem os obstáculos ao redor com astúcia, intelecto e muito bom humor — o que não acontece no filme, que é uma receita clara de blockbuster com muita ação, multidões de robôs para serem despedaçados pelos tiros do protagonista, perseguições de automóveis, reviravoltas previsíveis e o clímax óbvio.


O que se salva, talvez, na película, seja o apelo visual do filme, limpo e claro, uma narrativa ágil que não dá sono, e o design dos robôs, que denota, em especial, a mudança de geração dos robôs mais velhos para os mais novos — estes, com aparência mais humanizada, com formas suaves e um jeitão meio Microsoft (o que mete um certo medo).


Se colocarmos os dois na balança, veremos que há pouco do autor original neste filme, e este pouco não chega a fazer uma diferença. Se era para fazer um filme de ação de ficção científica, não era necessário tentar fazer pensar o público, que é tudo que Eu, Robô consegue. Diversão, sim, entretenimento puro e simples.

Mas é só.



Gostou da crítica do Petras Furtado? Envia a sua também para o No Set!


Garfield: o novo Homem-Aranha do cinema

Seria muito bom se o filme (adaptação) do Homem-Aranha mantivesse o time de atores dos três primeiros filmes, como fez Missão Impossível, Indiana Jones e Harry Potter. Infelizmente não deu. O Homem-Aranha dos cinemas, Tobey Maguire, deixou a saga, do mesmo modo que o diretor Sam Raimi.







Tobey Maguire como Homem-Aranha

Os estúdios da Sony Pictures anunciaram que o jovem ator americano Andrew Garfield, de 26 anos, será o novo Homem-Aranha. Garfield? O gatinho criado por Jim Davis? Não, não é o gatinho dos desenhos animados.








O novo Homem-Aranha, Andrew Garfield

Segundo circula na internet, o longa, com direção de Marc Webb e roteiro de James Vanderbilt, será lançado em 3D. O filme, quarta adaptação do quadrinho da Marvel Comics, se centrará na fase adolescente do personagem e em como ele descobre seus poderes. Precisa? O primeiro filme já mostrou como Peter Parker descobre seus poderes! Está na hora de mudar o foco.

















quarta-feira, 13 de julho de 2011

Confira os pôsteres de Sherlock Holmes: A Game of Shadows


Foram divulgados os pôsteres do segundo filme do detetive mais famoso do mundo. Se você pensou em Sherlock Holmes, é dele mesmo que estou falando!

A mais nova adaptação do livro de Sir Arthur Conan Doyle, dirigida por Guy Ritchie, traz no seu elenco Robert Downey Jr., como Sherlock Holmes; e Jude Law, como Dr. Watson. O novo filme traz a continuação da adaptação - mais fiel do livro - sobre o morador célebre da Baker Street, onde a emblemática frase criada na releitura para o Teatro, “Elementar, meu caro Watson”, foi excluída. Isso mesmo, excluída!

Vamos ver os pôsteres?





A continuação do filme tem estréia prevista para 16 de dezembro nos Estados Unidos. Só espero que seja divulgada logo a data de estréia aqui no Brasil de Sherlock Holmes: A Game of Shadows.


Across the Universe

No dia 13 de julho de 1985 era realizado, simultaneamente em Londres (Inglaterra) e Filadélfia (EUA), o festival Live Aid. E em homenagem a essa reunião de vários nomes da música mundial – como The Who, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, David Bowie, BB King, Mick Jagger e Paul McCartney –, a data passou a ser conhecida como O Dia Mundial do Rock.

Para que essa historinha aqui no blog de adaptações?

É claro que a Equipe No Set não podia deixar essa data em branco! Para isso, nos selecionamos o filme Across the Universe (2007) para a indicação da semana. 



Ambientado no auge da Guerra Fria e com uma juventude bastante politizada, o musical sintetiza o retrato dos jovens dos anos 1960, levantando questões como amadurecimento e paixões. Além das ótimas atuações de Evan Rachel Wood (Aos Treze) e Jim Sturgess (Quebrando a Banca) como o casal Jude e Lucy. E tudo isso ao som dos Beatles! Isso mesmo! Cada cena e diálogos do filme estão relacionados às composições da banda inglesa. 

Então se você curte o bom e velho rock’n’roll e não resiste a um excelente musical não deixe de conferir Across the Universe!


terça-feira, 12 de julho de 2011

Anjos e Demônios: no livro e no cinema

Sempre que lemos um livro e sabemos que ele irá se transformar em filme queremos que a adaptação seja tão boa quanto, mas na prática nem sempre é assim. Achamos que poderia ser melhor. O que esquecemos é que compactar em um longa-metragem toda a riqueza de detalhes das páginas de um livro é arriscado, pois pode ser que a imagem não valha mais que mil palavras.


A crítica que vou fazer hoje é sobre Anjos e Demônio, a adaptação do livro de Dan Brown que ganhou vida nas telas de cinema após o Código Da Vinci e que, para quem não sabe, antecede as aventuras deste último.

O livro Anjos e Demônios é a primeira aventura vivida por Robert Langdon, mas nas telas de cinema o segundo livro que narra as aventuras vividas pelo professor virou filme primeiro. Sendo assim, a seqüência foi adaptada para que o espectador ache que Código da Vinci antecipa a primeira estória. Dirigido pelo diretor Ron Howard e estrelado por Tom Hanks no papel do professor de Simbologia de Harvard, o filme compacta o enredo que se desenrola em 461 páginas.

O livro conta que nas vésperas do conclave (cerimônia na qual se reúnem todos os cardeais do mundo na Cidade do vaticano para eleger o novo pontífice), Langdon é chamado às pressas à Roma para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um conceituado físico do CERNE, Suíça.

O símbolo em questão faz parte de uma milenar fraternidade intitulada ILUMINATI. Nesse meio tempo entre a morte do Papa, a morte do cientista e a realização do conclave, o professor de simbologia descobre que um artefato altamente combustível, do centro de pesquisa científico, fora roubado e escondido em algum lugar de Roma. A saga é encontrar a anti-matéria, solucionar o desaparecimento de quatro cardeais e descobrir quem está por trás disso tudo.

A sinopse do filme é a mesma. O roteiro no geral ficou bom, mas algumas cenas fundamentais e impactantes no livro poderiam ter sido mais bem dirigidas. As primeiras cenas do longa poderiam ter resumido a explicação sobre o que é a anti-matéria e como funciona o CERNE, para que o filme engrenasse rapidamente na emoção que o texto proporciona.

O aparecimento dos cadáveres dos cardeais deveria expressar melhor o horror e a crueldade presente no livro, assim como o cinismo no diálogo entre o carmelengo e o físico - amigo do outro que teve o peito queimado a ferro - deveria ter sido mais explorado.

O grande “barato” do livro é justamente o drama, o horror, o medo provocado pelos assassinatos inexplicáveis. Se o diretor Ron Howard tivesse conseguido captar melhor a essência de Dan Brown o filme teria sido mais bem recebido pelo público, que julgou o filme como uma versão mais pobre do Código Da Vinci.


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Jane Austen e inúmeras adaptações

Na época em que viveu, a escritora inglesa Jane Austen (1775-1817) nem poderia imaginar que suas obras ganhariam tantas releituras mundo afora. São desde séries televisivas a livros com zumbis.



E em homenagem à inglesa (mais conhecida por Orgulho e Preconceito), foi criada em 2009 a Jane Austen Sociedade do Brasil (Jasbra). Um espaço para os admirados e fãs de Austen trocarem informações, discutirem suas obras e as várias adaptações de seus livros.

Hoje, a atual presidente da Jasbra é Adriana Zardini, formada em Letras pela UFMG e tradutora de dois livros de Austen: Mansfield Park e Razão e Sensibilidade. E foi com ela que o No Set conversou sobre as adaptações baseadas na obra de Jane Austen.


No Set: As diversas adaptações dos livros de Austen foram essenciais para grande parte do sucesso que ela faz hoje em dia?

Adriana Zardini: Os livros contribuem bastante para o sucesso de Austen. Creio que pelo mundo afora, é mais comum as pessoas se interessarem por Austen porque leram os livros. Aqui no Brasil, porém, principalmente entre os mais jovens, Austen se tornou conhecida por causa dos filmes.


No Set: Aqui no Brasil é o inverso, você credita isso a algo?

AZ: Bem, essa é uma opinião bem pessoal. Aqui no Brasil, as pessoas que não têm acesso aos clássicos. Acabam lendo o que está em destaque nas prateleiras das livrarias ou que está na moda. Como Austen é sucesso absoluto em países de língua inglesa, eles nem precisam fazer propaganda. Aqui no Brasil, as coisas estão mudando muito. Várias editoras já estão produzindo os livros de Austen em português.


No Set: As pessoas procuram ler os livros após ter contato com as releituras?

AZ: A grande maioria fica apenas em um ou dois livros. Mesmo porque até o ano passado, não era possível encontrar todos em português. As edições antigas, ainda esgotadas, só eram encontradas em sebos.


No Set: As releituras conseguem passar todo estilo da escritora ou não? É válido conhecer uma adaptação?

AZ: Creio que as adaptações são visões diversificadas dos livros. É muito complicado uma adaptação ser realmente fiel ao original, mesmo porque a escritora não está viva para poder dar palpites. E, além disso, não poderíamos prever como seria a intervenção de Austen. Por outro lado, as visões das pessoas que adaptam os livros são bastante complexas. Algumas são verdadeiras obras primas, com a adaptação de Razão e Sensibilidade de Emma Thompson. Outras estão mais voltadas para fenômeno de vendas.


No Set: Falando nisso, hoje é possível encontrar adaptações como Orgulho e Preconceitos e os Zumbis e Razão e Sensibilidade e os Monstros do Mar. O que você acha dessa tendência?

AZ: Ela segue o mercado. Fora do Brasil, são criadas várias séries para a tv e filmes relacionados ao mundo do oculto e de seres fantásticos, acho que a 'moda' acabou pegando também em cima dos clássicos. Alguns dessas misturas são ruins, mas outras são engraçadas. Depende do gosto do leitor.


No Set: Você leu alguma? O que achou?

AZ: Eu tenho esses que você mencionou, mas ainda não me sobrou tempo para lê-los. Um que eu li e dei muitas gargalhadas foi o 'Jane Austen a Vampira'. Mas o leitor tem que ter um conhecimento mínimo sobre literatura universal para poder entender as piadas! Passei três tardes ótimas!


No Set: Quando as pessoas que conheceram a adaptação antes, lêem o livro, a percepção muda?

AZ: Bem, isso é bem pessoal. Eu acredito que sempre as pessoas são mais sensibilizadas pelo livro do que em relação ao filme.


No Set: E o contrário? A adaptação é bem aceita para quem conhece o original?

AZ: Creio que sim! Eu acho maravilhoso ver meus personagens favoritos serem interpretados por bons atores. Por exemplo, em Razão e Sensibilidade de 1995, é muito legal reconhecer todo o cavalheirismo do Coronel Brandon na pele do ator Alan Rickman.


No Set: Você já teve alguma decepção com alguma adaptação?

AZ: As releituras que menos me cativam são as dos anos 70 e 80. São muito parecidas com novelas ou atuações de teatro.


No Set: Alguma que te surpreendeu positivamente?

AZ: Orgulho e Preconceito de 1995, em minha opinião, conseguiu ser melhor que o filme de 2005. Eu gosto muito do filme, principalmente porque é um DVD que você consegue assistir em uma noite tranquila. Já a série, que é longa, requer mais tempo.


No Set: Para encerrar, o que não pode faltar numa adaptação da obra da Austen?

AZ: Não pode faltar a essência do livro, o cuidado com a escolha dos atores, guarda roupa de época e cenários. Acho muito importante também a fotografia e a trilha sonora.



Para conhecer mais sobre a Jane Austen Sociedade do Brasil e trabalho de Adriana Zardini, acesse os links:

Site da Jasbra: www.jasbra.com.br
Blog Jane Auste Brasil: www.janeaustenbrasil.com.br

O Curioso Caso de Benjamin Button

Hoje, no nosso espaço do leitor, temos a participação da estudante de Jornalismo e apaixonada pela sétima arte, Lissiany Oliveira. Ela nos conta o que achou da adaptação do romance de 1920 de F. Scott Fitzgerald. 


Vamos conferir?



“Sempre que resolvo comprar alguns DVD's para ter em casa acabo escolhendo filmes que já assisti, curiosamente isso acaba acontecendo mesmo quando a minha intenção é ver novos filmes. Foi o que aconteceu desta vez.

Assisti O Curioso Caso de Benjamin Button no cinema, mas quando vi seu DVD na prateleira não resisti e acabei o comprando. Não que eu tenha amado o filme ao ponto de tê-lo em casa, o fato é que eu sai da sala de cinema pensando que eu não tinha achado lógica alguma naquela história simplesmente pelo fato de não ter prestado atenção na trama ou coisa parecida.

Então, por um momento eu tive um lapso de esperança de que se eu assistisse ao filme novamente eu ia entender o que levou o pobre Benjamin Button a nascer velho e morrer jovem. Mero engano, a única coisa que consegui foi chegar a conclusão de que esse filme realmente não tem lógica e que curioso é só um adjetivo delicado que utilizaram no título para não ter que utilizar expressões do tipo "sem pé nem cabeça" ou "tosco".

O filme é um drama baseado no clássico romance homônimo escrito por F. Scott Fitzgerald nos anos 20 que conta a história de Benjamin Button (Brad Pitt), um homem que misteriosamente (e bote misteriosamente nisso!) nasce com a aparência e doenças típicas de um senhor de 80 e poucos anos.

Abandonado por seu pai, um empresário milionário do ramo de botões, na escadaria de um asilo que coincidentemente era administrado por uma mulher que não tinha filhos - O primeiro de uma série de clichês que são apresentados ao longo do filme.

Enquanto Benjamin passa a sua vida sofrendo as bizarrices do fenômeno sem fundamento, nós expectadores passamos o filme tentando entender como é que o diretor David Fincher conseguiu transformar uma história que tinha tudo para ser tão interessante em um filme de 2 horas e 47 minutos tão entediantes.

Pois é, história interessante, bons atores, efeitos visuais perfeitos (até agora fico embasbacada quando me lembro da cena em que Benjamin reencontra a filha, já adolescente. Eles conseguiram deixar Brad Pitt com uma aparência incrivelmente jovem!), tudo conspirava a favor do filme, mas, a exagerada preocupação do diretor David Fincher em nos deixar de olhos arregalados com os efeitos especiais e o roteiro vergonhoso de Erich Roth foram suficientes para acabar com o que tinha tudo para ser uma obra prima.

A começar pela narração (o filme é narrado em forma de diário), o longa se transformou em um turbilhão de clichês em série e como se não bastasse, algumas cenas chegam a ser dignas de boas risadas como por exemplo, a cena da primeira noite de amor entre Benjamin e Daisy. A cena teria sido linda se David Fincher não tivesse desviado a câmera para mostrar coisas absurdas como a fumaça da calefação e um ratinho correndo pelo chão, foi frustrante.

Além disso, Erich Roth não fez um mínimo esforço para dar uma lógica a trama, tudo bem, F. Scott Fitzgerard também não o fez, mas, temos que levar em consideração que o livro dele possui apenas 25 páginas enquanto que o filme tem quase três horas de duração. Até tem aquela história do relógio que funciona ao contrário, mas, e aí? ainda não saquei onde ela se encaixa.

E não para por aqui não, Cate Blanchet (Daisy) passa 1 hora e 40 minutos de projeção deitada em uma cama, velha moribunda, apenas contando (ou seria gemendo?) sua história para a filha enquanto o furacão Katrina se aproxima de New Orleans. Somente na segunda metade do longa é que a atriz surge no esplendor de sua juventude como uma bailarina do American Ballet Theatre.

Para acabar de vez com o filme a sequência em que Benjamin vai recuando até virar bebê de colo, é uma verdadeira decepção e foi nesse momento que eu tive a absoluta certeza que essa história foi completamente desperdiçada nas mãos de David Fincher.

Apesar de tudo não há como negar que o diretor realizou um ótimo trabalho técnico, no entanto, o foco na história em si foi totalmente desviado e o que parecia ser o grande trunfo da produção acabou condenando o longa.”


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O Leitor - Filme de 2009

O filme indicado pela equipe No Set dessa semana chama-se: O Leitor (adaptação do livro O Leitor de Bernhard Schlink, 2009).



Dirigido por Stephen Daldry, o filme que se passa na Alemanha conta a história de Hanna (Kate Winslet), uma mulher solitária durante grande parte da vida e que esconde um segredo. A solidão é interrompida quando se envolve amorosamente com o adolescente Michael (David Kross) em um verão. Essa relação marca a vida dos dois para sempre e emociona o telespectador quando Hanna é condenada por um relatório que não escreveu. É quando ocorre a passagem de tempo que o adulto Michael, interpretado pelo ator Ralph Fiennes, mostra que nunca esqueceu seu primeiro amor.

O Leitor é a uma história que nos leva a questionar todas as nossas mais profundas verdades.

Confira o trailer oficial:


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